sábado, julho 16, 2011

Pangeiar-me-ei

De (vagar) as coisas mudam de lugar. Pangéia pessoal. Esticando, retraindo, cuspindo fogo num tremor que destrói e renova considerações.

Sensações; os pés e os braços abertos sem ninguém por perto.
As luzes que brilham forte incomodam um pouco. A (visão) do meio dia e meia noite. Um pouco de tudo em cada olho, cada boca que se cala com um gole.

São tantos dentes. Milhares de dentes mordendo, mastigando cortando pedaçinhos de palavras fritas na frigideira das idéias.

Mais dia, menos dia, tanta vida e nenhuma novidade. Fantasma da praça. Velha calçada. E se entrelaçam (se) milhares de dedos que seguram, tocam, deslizam, masturbam, coçam, apontam pendurados em infinitas mãos com força de puxar, bater, escalar sem direção a montanha mais alta, sem final, onde nossa cabeça nunca toca o céu; onde nossos pés não tocam o chão.

Pangéia em corte mais lento do mundo, sobre a superfície da pele que de (vagar), abre a fenda de um sorriso, através do plano de algumas idéias.



segunda-feira, julho 04, 2011

xCrux

Manifestação de presença
Sentido anti-horário num segundo
Depois no outro

Obtuso

Nem sempre eu
Nem sempre a mesma

Pois se um dia seremos nós
Torcidos
Na mesma idéia

Ou silencio num quarto escuro
Longe da platéia

Nessa Incerteza assim
Humana,

Quem sabe?

Melhor que ninguém

Saiba
Mas
Sabiá

Sabia de mim

Quando te olhava

Assim

Sem saber...

sábado, julho 02, 2011

dia de somos

Faz-se
Daquele jeito
Que caminha suave
Sobre a grama

Com os pés descalços
E os braços abertos
Dizendo:
Tudo é tão simples

Sorrindo de uma forma
Que minha imaginação
Associa

A algo divino

Pois
Então

Estou também sorrindo

Sentado aos pés da arvore
Num
Dia de sol

De somos
Dois

Mesmo que mais
Seja bom, ok;
Mas estamos em devir
De nossos segundos

Pensando em boas coisas
Ainda sabendo
No que andam fazendo
Por ai...

Pois amor
Se não cinismo