Caçando sorrisos no meio da multidão
A mente vazia e o coração
Coloco-os na bolsa de prazeres
Antes que murchem em minhas mãos
Seu medo infantil
Do mito e do pecado
Primitivo ser que roda em ciranda
Em volta da fogueira de incompreensão
Colho olhares místicos entre a pressa
Um por um, até os mais céticos
Coloco-os em minha bolsa de prazeres
Antes que se feche em minhas mãos
Um ato delinqüente
As voltas dadas
Transbordam as mentes
De lixo retrógado e senil
Tento não interferir no trajeto
Mas o ser
É interferência
E é a Natureza
Essa nossa que não muda
Essa nossa alma que regozija
Tentando entender o que não precisa
Vivendo o que serve mais
As luzes irão iluminar
Caminhos até o Éden do pensamento
Recolho espíritos presos
Solto-os todos
No meu jardim de esperança
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