Cansei do amanhã
E só vivo por hoje
Abri mão de um passado
Que não deixo de levar pedaços
Confessei-me comigo mesmo
E me perdoei como um deus
Uni-me com a luz
Sem deixar de projetar minha sombra
Esqueci o que aprendi
E respirei fundo
Poetizou-se a miséria diante meus olhos
Cri na natureza e toda sua forma de evoluir
O ponto de vista alheio
Uniu-se com um senso comum entre humanos
Os loucos seguiram caminhando
Sem comover ninguém
A ironia de uma realidade banal
Contextualizada em meio a tantas verdades
E tantos mistérios
Minhas mãos tocaram a beira do rio
E a agua que por ela passou
Levou consigo
O meu constante presente
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