terça-feira, novembro 22, 2011

quarta-feira, novembro 16, 2011

Miragem de Nós - II


Não pude deixar de encarar de outra forma toda aquela realidade que se fazia diante de mim.

Alguma mínima nuance no olhar, alterou por completo os meus sentidos.  Essa nuance se obteve através de uma série de seqüências simbólicas e arquetípicas em meus pensamentos.

Após anos, tentando juntar as peças, foi com um simples suspiro que pude conceber a questão como um todo. Foi analisando peça por peça minuciosamente que meus pensamentos se solidificaram e uma espécie de loucura misturada com razão.

Pensei que poderia estar ficando louco, e que se eu compartilhasse minhas idéias, seria com certeza visto como tal.  Não que eu me importe, mas também não poderia simplesmente revelar assim meus símbolos secretos e paradoxais, que fizeram abrir uma conexão com o desconhecido. As pessoas certamente iriam desconfiar e a mínima desconfiança poderia alterar muito o meu próprio ciclo energético.


Resolvi manter-me calado e esperar pelo momento certo. É conhecido que os Seres Humanos podem ferir a si mesmo e outros seres vivos, mesmo indiretamente e de forma ingênua.

Dessa forma, daquele dia em diante, pus-me a levar um sorriso um pouco mais cínico comigo, mas ainda cheio de amor. Amar é a chave dos mistérios mesmo sendo um mistério em si.