terça-feira, novembro 27, 2007

Zumbindo Da Rua.

Era de manhã
Quando uma pequena abelha
Voou sobre minha cabeça
Enquanto tomava meu café na cozinha

Zuniu e pousou por todo canto pousavel...

E após analisá-la bem

Levantei-me e a segurei dentro de um copo
Com um pano sobre minha mão
Para que ela, assustada, não deixasse metade de seu estomago em minha mão

A levei até as plantas de meu jardim

Percebi então
Que se tratava de uma abelha velha
Então a pus ao sol da manha.
E fiquei com ela como fico com a minha avó

Não voou nem
Ficou refletindo pensamentos de abelha
No fim de seus dias dourados

Com olhinhos brilhosos do sol refletido
E seus pelos já grandes...

Ai, ai... Deu vontade de conversar com ela
Mas ela parecia cansada, e não queria conversa

Deixei-a lá, sozinha.

Voltei para minha cozinha
E deixei o copo na pia.

Pois pensei que o copo estaria sujo...

Não por ela ter vindo de fora
Mas por ela ter voado em minha cozinha.