sábado, dezembro 31, 2011

Constante Mente



Sem volta
Sem turno

Segundo mudo
Muda tudo

A visão
Os sentidos
Outros mundos

Uma estranha dimensão
Fluxo aberto de luz
Gira dentro da

Nossa mente
Recipiente

Do Devir

Transformação
Do vazio absoluto

Em presente universal

Influencia
Passado, futuro

Gira espiral 
Sem destino

Dentro do que
Está sendo escrito

Agora

Em nossos
Eternos ciclos

sábado, dezembro 24, 2011

la pras tantas

e nos tempos de festas e fechamentos de certos circulos....
me remete, naturalmente
uma estranha e agradavel nostalgia
das simples tardes
esquecidas no calendario.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

nunca


até quando vamos nos esconder
tapar os olhos
 fingir não ver
nossas ações retrogadas
que impedem
uma evolução natural?

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Inexorável Lente


Sobre o véu de estrelas
Encontram-se
Os dilúvios dos
Sonos passados

Na memória
Petrifica
A intensidade

Não há de ser
Enquanto não
Houver
O não ser

A matéria solene
Estigma
Da contraparte

É meio
A meio assim

Metade ser
Metade nada
a não ser

você.



terça-feira, novembro 22, 2011

quarta-feira, novembro 16, 2011

Miragem de Nós - II


Não pude deixar de encarar de outra forma toda aquela realidade que se fazia diante de mim.

Alguma mínima nuance no olhar, alterou por completo os meus sentidos.  Essa nuance se obteve através de uma série de seqüências simbólicas e arquetípicas em meus pensamentos.

Após anos, tentando juntar as peças, foi com um simples suspiro que pude conceber a questão como um todo. Foi analisando peça por peça minuciosamente que meus pensamentos se solidificaram e uma espécie de loucura misturada com razão.

Pensei que poderia estar ficando louco, e que se eu compartilhasse minhas idéias, seria com certeza visto como tal.  Não que eu me importe, mas também não poderia simplesmente revelar assim meus símbolos secretos e paradoxais, que fizeram abrir uma conexão com o desconhecido. As pessoas certamente iriam desconfiar e a mínima desconfiança poderia alterar muito o meu próprio ciclo energético.


Resolvi manter-me calado e esperar pelo momento certo. É conhecido que os Seres Humanos podem ferir a si mesmo e outros seres vivos, mesmo indiretamente e de forma ingênua.

Dessa forma, daquele dia em diante, pus-me a levar um sorriso um pouco mais cínico comigo, mas ainda cheio de amor. Amar é a chave dos mistérios mesmo sendo um mistério em si.

domingo, outubro 30, 2011

Marcas Sobre a Terra


Há vezes que é necessário rasgar o mapa e seguir sua intuição. É verdade que ela pode lhe por em algumas enrascadas, mas é aprendendo a sair de certas situações que deixamos nossas marcas pelo caminho da sinceridade.
Assim como alguém que abre uma nova trilha, se depara com obstáculos e adversidades naturais. Mesmo sabendo que há um mapa que pode levar por caminhos fáceis já traçados, esse alguém se recusa a abrir mão de sua vontade e a cada golpe desferido contra os obstáculos eminentes, se expressa em amor e sangue, Próprio; Não Teórico.
Ainda que a cada passo, lance seu corpo contra os espinhos, esse alguém não desiste de seguir sua intuição e encontrar o SEU caminho.
Nas grandezas astrais e por de trás da concepção de tempo e espaço, há tesouros que não estão marcados no mapa.
Se perguntarem o porque insiste em se lançar sobre o caminho mais obstruído e misterioso, a resposta sem duvida viria em forma de poesia.
Mesmo se por algum instante resolvesse seguir o mapa, para percorrer trilhas já traçadas, sofreria muito mais, pois não poderia ajudar a expandir a dimensão que fora designado a traçar neste plano de existência.

Talvez a resposta viesse seguida de uma questão:
Não somos nós, que criamos os mapas?

Se é

Queria te querer
De uma forma que
Eu pudesse saber

Se é assim
No formato já foi

Ou se é mistério
Desvendado só
Nós dois.

A Miragem de Nós


Eu, Calisto, soube outrora, das maldades que andam sendo feitas por ai. Não quis dizer a ninguém, pois talvez me perguntassem como fiquei sabendo dessas coisas.


Percebi que, a notoriedade que sobressaltou em meus pensamentos, em relação à esses fatos, se deu em determinado momento de fragilidade de minha parte.


Como disse, não poderia e nem deveria tentar explicar o que ocorreu neste momento para que viesse à minha mente, a concepção do mal; logo eu, que sempre acreditei no caminho do bem.


Sendo assim, o máximo que posso fazer, é explicar os fatos que ocorreram naqueles dias:






"A Miragem de Nós."






segunda-feira, outubro 17, 2011

zero- Ohn

Em minha proteção
Há o ataque que  preciso.
Nesta condição
A simples não-ação
Reverte a força do golpe
Na velocidade do instinto










domingo, outubro 09, 2011

A Roda

Meia noite que traz o meio dia
De tal forma
Que logo que pisco os olhos
Já se foi meu dia
Quando me viro na cama
Já se foi minha noite.

O rosnado do motor lá fora
Aqui dentro melodia

Teus olhos erguem-se e meus
Lábios seguem
O contorno dos seus

A mente cria; Acorda
Sem nota maluca de dois

Abro a porta e
Vou lá fora

Rosnar também.

Silêncio

                                    Silêncio -  
                    A Estranha canção de Deus

                                                        Monótono ruído imparável

Zumbido criador

                                                          Sutil abstração

Sinais da margem criadora

                                                          Que espanta

Suga

                                                            Muda

                                       É

Você                                e                  Eu

                                 [Silêncio ]

                            Canção de Deus.

Três

Mais do que palavras jogadas
Na imensidão do infinito

Mais que linhas tortas, corridas
Sem atrito

Esfrega um neurônio no outro

Sutil visão do mistério

Poema.



domingo, setembro 25, 2011

Salto Profundo

Salto Profundo
Entre o sentimento
Sem vastidão de olhares

Um suspiro aqui dentro

Quer dizer que
Só é
Maior que todo o resto

E complexamente simples
Ao mesmo tempo

Sujeito oculto
Do verbo transitivo
Indireto

Suas pistas ficam
Nas fases da lua

Quando gira o Mundo
Você para no centro

Com um sorriso tão ligeiro
Quanto à próxima noite, dizendo

Tudo bem;
Vai dar tudo certo.



quinta-feira, setembro 01, 2011

revira][volta

Como é bom sorrir
Mesmo não sabendo
Se vai ou se fica

Roda no caos daqui
E também no caos dali

Não perde o passo

Que o passo perdido
é o nosso improviso


De uma idéia de estada
Com o sonho estrada

Coleciona
dor

De suspiros
Seguidos de sorriso

Enquanto o sol entra
Pela janela e lembra

Dos nossos segredos



quarta-feira, agosto 17, 2011

Cem Titulos.

Em alguns minutos o trem já estaria partindo e, como de costume, ele estava atrasado. Pulava apenas com um pé no chão, enquanto tentava calçar o outro sapato. Segurava com a cabeça, um celular no ombro, que apenas dava um sinal monótono de uma chamada não respondida.

Jogou o celular em um canto e correu para procurar uma camiseta decente. Olhou o relógio mais uma vez e percebeu que não tinha passado tanto tempo assim; ainda era possível tomar um café.

Na cozinha, tentou chamar novamente, mas o toque monótono repetiu-se em sua orelha. Devido a este fato, ficou indeciso se deveria ir e milhares de coisas brotaram em seus pensamentos.

Deu de ombros. Olhou o relógio e terminou de tomar seu café rapidamente. Correu para o banheiro lavar seus dentes, mas não antes de se perder pela bagunça do quarto, procurando sua carteira e sua chave.

Bateu a porta de casa e correu pela calçada desviando de velhinhas de todos os tipos. Como numa corrida de obstáculos, pulava por cima dos canteiros, mendigos e bancos. Desviava com maestria dos transeuntes distraídos.

Aquele caminho que sempre fazia caminhando tranqüilo e prestando atenção nos detalhes, agora, se tornava apenas reflexos de sua visão periférica e na elaboração de seus passos por obstáculos vistos com antecedência.

Sentiu o celular vibrar em sua perna e logo em seguida um som indicando que acabara de receber uma mensagem. Enfiou a mão no bolso sem parar de correr.

Atravessou a rua congestionada. Sua atenção dividida com o celular o fez chocar-se com uma moto que vinha rápido por entre os carros, arremessando corpo para um lado celular para outro. Moto pra de baixo do carro e o motoqueiro torto.
Os motoristas que estavam na frente do acidente, acharam-se com sorte e saíram dali assim que foi possível. Os que estavam atrás não acreditavam que teriam mais transito.

Poucos saíram do carro, preocupados com o que havia acontecido.Mas a maioria dos pedestres parou para ver o incidente. O motoqueiro já se levantava um pouco atordoado, mas por entre os carros havia uma pessoa desacordada e ainda por cima atrasada.

O celular caiu ali bem perto do meio fio, onde estava parada uma mulher curiosa segurando a mão de sua filha. A criança conseguiu desvencilhar-se facilmente de sua mãe distraída e pegou o celular.

O visor um pouco arranhado mostrava a mensagem:

“Acabei de ver suas ligações. Ñ adianta. Não há nada que vc possa fzr, irei embarcar nesse trem de qualquer jeito. Espero que fique bem, te amo.







sexta-feira, agosto 12, 2011

Chiado

O sol palido e quente
de um inverno no século vinte e um

o sagrado horário humano
quando reunem-se para comer

Chamam de almoço
Ou intervalo do trabalho

cada ponto de vida
Santa e torta em cada esquina

Esconde no dia
os milagrosos pensamentos
De pecado

Que martírio
Os céus estão fechados

Nas ruas sinuosas
e olhares estudantis


Deformados velhos simpáticos
arrastando seus pés cansados

Com seus assobios
e suas gaitas

Melodia dentro do ruido
Do papo alto desinteressado

Do ronco surdo dos motores
E qualquer tipo de carro ligado

Que dia claro como numa T.V Antiga
E os barulhos feito um chiado de radio

Chia
O mundo chia baixinho

Os ventos trazem respostas
Que não queremos encontrar

Então damos as mãos
Pagamos pela cerveja e pelo ônibus
E fugimos das perguntas certas

No sol palido e quente
De um inverno de lugar nenhum


Sarro

Recebeu ofertas de felicidade por todos os lados
Em todo canto cartazes tortos
Risadas mudas
Sorrisos perfeitos

Trincando os dentes num pedaço de calçada

Em cada detalhe mudo
Um pouco de tudo e mais um pouco de nada
O caminho exemplar

O ser ideal
O orgulho do papai
O queridinho da mamãe
Um exemplo de civil

E os andares tortos
Os braços girando
A musica

E a risada muda

Ela é vil

Mas é apenas um detalhe sórdido

Da risada e tira um sarro

Leva a mão até a boca suja
Bate uma e cumprimenta o aliado


Harmonia

Texto editado da sua versão original de 2009

Já houve tanta coisa que me confundiu, me jogou no chão, me levou para outros caminhos, algumas feridas que cicatrizaram de um jeito estranho, algumas um pouco visíveis até, mas que se transformaram em parte de mim: Hoje as ostento como cicatrizes de batalha.
Vez ou outra falam comigo, como se estivessem com um manual de etiqueta e conduta na sociedade para seres humanos debaixo do braço. E o simples fato de eu estar cagando para isso, irrita um pouco as pessoas, mas, fazer o que?Não tenho que seguir as mesmas trilhas, só por que acham que essa é a única maneira de dar certo.
A coisa que mais admiro nesse mundo são pessoas que sabem o lugar que estão. Não tenho posição de dizer que o modo que eu vivo e penso é o melhor modo, mas é o meu modo, eu sei que isso me faz bem.
Adoro conversar e adquirir um pouco de outros modos de viver e estar apto a passar coisas que eu vivo e aprendi, troca de informações, não de provocações, não uma competição.
Respeito. O real valor do respeito é um pouco destorcido hoje em dia. O respeito se misturou com falsidade, tolerância e hipocrisia. Quem sabe ser feliz com o que faz não dá palpite no modo que outro leva a vida.
Ninguém pode falar para você, o que você é. Por que todos nós simplesmente podemos tudo, o mundo vai tentar te deixar quieto no seu canto, como as pessoas estão acostumadas a ficarem, não deixe isso acontecer, não morra antes da morte. Hoje penso que se não fosse por certas coisas que sofri e pastei, não teria concepções tão boas pra mim, valores que me fazem sentir muito bem, valores que me fazem ter certeza que estou de bem com o mundo. E são coisas que não se sente, lendo ou seguindo um manual.
Com certeza isso que estou escrevendo, não reflete nem uma fração do que realmente seja sentir isso.
Com o tempo, algumas coisas servem apenas para você, e ninguém mais precisa ouvir o que você diz ou canta ou pensa. (na verdade nunca precisou, mas no fundo, isso não muda em nada.)
Ai então, o silencio vai espreitando e se acomoda. E a intimidade dos pensamentos, conversas e textos se restringem, a quem esta vivendo a mesma coisa. Não estou tentando mudar nada, ou usando do preto no branco para alterar o curso da mentalidade da humanidade. Deixa de ser uma questão de bater na mesma tecla, e passa a ser uma melodia naquele tom. Cante quem quiser. Houve um dia que os homens criaram o sistema, e recriaram o mundo. Hoje os homens são criados pelo sistema.
É uma força invisível, que se inseriu na mente das pessoas como uma memória afetiva pelos velhos hábitos, de se sentir mal sem saber o porquê, de julgar sem pensar sobre, de permanecer apático devido ao medo. Hoje tudo é muito grande, e muito rápido. Acessos fáceis para tudo e prazeres artificiais.
Tornou-se um monstro incontrolável, que gira a roda do mundo, para uma direção profetizada por antigos artistas tão controversos em suas épocas. Mas essa é a minha época, não a deles.
Dizem que o presente hoje é um reflexo torto do que foi no passado. Então o nosso futuro será um reflexo em pedaços do nosso presente. E vem gente me dizer que tenho que acompanhar o manual de conduta para ser feliz. Nem ligo.
O que a maioria das pessoas não entende, ou não querem entender, ou tem preguiça de pensar sobre, ou medo, é que cada vez mais, essa coisa toda, infantiliza o ser humano, e lhe da o titulo de um falso homem. Criam mais e mais homens e mulheres vitimas de uma concepção artificial de felicidade.
Arriscar um pouco é preciso, e principalmente, ter segurança nos próprios valores e princípios.
A roda gira, eu giro junto, agente morre não sabe onde vai parar.
Eu escolhi, não vou morrer antes da morte, só por que acham melhor assim.

sábado, julho 16, 2011

Pangeiar-me-ei

De (vagar) as coisas mudam de lugar. Pangéia pessoal. Esticando, retraindo, cuspindo fogo num tremor que destrói e renova considerações.

Sensações; os pés e os braços abertos sem ninguém por perto.
As luzes que brilham forte incomodam um pouco. A (visão) do meio dia e meia noite. Um pouco de tudo em cada olho, cada boca que se cala com um gole.

São tantos dentes. Milhares de dentes mordendo, mastigando cortando pedaçinhos de palavras fritas na frigideira das idéias.

Mais dia, menos dia, tanta vida e nenhuma novidade. Fantasma da praça. Velha calçada. E se entrelaçam (se) milhares de dedos que seguram, tocam, deslizam, masturbam, coçam, apontam pendurados em infinitas mãos com força de puxar, bater, escalar sem direção a montanha mais alta, sem final, onde nossa cabeça nunca toca o céu; onde nossos pés não tocam o chão.

Pangéia em corte mais lento do mundo, sobre a superfície da pele que de (vagar), abre a fenda de um sorriso, através do plano de algumas idéias.



segunda-feira, julho 04, 2011

xCrux

Manifestação de presença
Sentido anti-horário num segundo
Depois no outro

Obtuso

Nem sempre eu
Nem sempre a mesma

Pois se um dia seremos nós
Torcidos
Na mesma idéia

Ou silencio num quarto escuro
Longe da platéia

Nessa Incerteza assim
Humana,

Quem sabe?

Melhor que ninguém

Saiba
Mas
Sabiá

Sabia de mim

Quando te olhava

Assim

Sem saber...

sábado, julho 02, 2011

dia de somos

Faz-se
Daquele jeito
Que caminha suave
Sobre a grama

Com os pés descalços
E os braços abertos
Dizendo:
Tudo é tão simples

Sorrindo de uma forma
Que minha imaginação
Associa

A algo divino

Pois
Então

Estou também sorrindo

Sentado aos pés da arvore
Num
Dia de sol

De somos
Dois

Mesmo que mais
Seja bom, ok;
Mas estamos em devir
De nossos segundos

Pensando em boas coisas
Ainda sabendo
No que andam fazendo
Por ai...

Pois amor
Se não cinismo


domingo, junho 05, 2011

Pois é

Tantas coisas que
Gostaria de ter dito

Mas
Invés disso

Viajei

Nos meus pensamentos
Ideal Abstrato

Oblíquo

Fazer o que?

Só queria você

Mesmo sabendo
Que não era possível


sábado, abril 23, 2011

Ao cair da noite

Ao cair da noite
O céu estava nublado

Mas a lua surgiu na madrugada
Iluminando o asfalto
E a calçada molhada

As luzes dos postes
[Amarelas] casas

O apito do guarda noturno
Ecoa por algumas quadras

E nos cantos escuros das praças
Dormem solenes
Pessoas desabrigadas

As poças refletem
Pontas de prédios
Onde bóiam tortas
Bitucas amassadas

Uns dormem em cima
De colchões envoltos
De grossos edredons

A maioria se esconde
Dentro dos jornais
Da semana passada

Que publicam
Em largos títulos
Palavras que dizem nada
Que não passam de papel

O carro roncando impaciente
Levando das ruas
Sua amante de aluguel

Alguns passos ritmados pela calçada
Uma mulher fumando na varanda

Mistérios modernos ainda pairam
Sobre o céu e terra

O vento sopra
A esquina dobra

O povo joga
O mesmo roubado jogo
Que julga o outro

E quando finalmente todos acordam

Nada
E
Tudo

De novo.



Samba da Cabeça

a vida que traz também leva
mas tudo que fica é o que preza

e tudo que foi não esqueça
não tem motivo para estar

Ainda em sua cabeça

Constante Presente

Cansei do amanhã
E só vivo por hoje

Abri mão de um passado
Que não deixo de levar pedaços

Confessei-me comigo mesmo
E me perdoei como um deus

Uni-me com a luz
Sem deixar de projetar minha sombra

Esqueci o que aprendi
E respirei fundo

Poetizou-se a miséria diante meus olhos
Cri na natureza e toda sua forma de evoluir

O ponto de vista alheio
Uniu-se com um senso comum entre humanos

Os loucos seguiram caminhando
Sem comover ninguém

A ironia de uma realidade banal
Contextualizada em meio a tantas verdades
E tantos mistérios

Minhas mãos tocaram a beira do rio
E a agua que por ela passou

Levou consigo
O meu constante presente


quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Outrora

Possuía o medo infantil
De fantasmas
Enquanto caminhava
Pela casa
Durante a madrugada

Hoje sei
Que nessas horas
O único fantasma
Que vaga

Sou Eu

La pelas 4

Quando Você
Pode ser
Todos nós

E eu
Continuo a sós
Comigo mesmo

Entre diálogos mistos
De um pensamento ao outro
Pequenos monólogos soltos

Passo sem fazer alarde

Pois como já disse o ditado
Antes tarde
Que mal acompanhado



Copas

Veja o vento soprando
No topo das arvores
E gente chorando
La em baixo na cidade

Você de olhos cerrados
Cabelos voando
Insiste em dizer
Que ninguém te ama tanto

E o Sr. Mané
Na frente de uma boate qualquer
Acena pra ninguém
E só olha pro seu pé

Então quero lhe dizer
Que precisamos saber
Um pouco da história
De todo esse mundo

Foi e será sempre assim
Acredite em mim

Quem procura acha
Mas quem acha quer perder


segunda-feira, janeiro 31, 2011

quinta-feira, janeiro 27, 2011

O Grimório do Poeta II

Singularidade de uma expressão. Quão estranho é pensar assim, pensamentos vazios sobre o amor ou qualquer outra coisa.

De amar, hoje, amo o mundo. Árvores perdidas, calçadas, ruas de pedra... Becos e Catedrais. De amar, hoje, apaixonei-me pela torre Antena.

Os guardiões e os Protegidos.


-----------------------------
Amo. Odeio.
Sem distinção

O belo. O feio
Em suas mãos

Pecado. Perdão
A vida. Um devaneio.



domingo, janeiro 23, 2011

Papo de chapado II

bom...como só falta dois, vou deixar para fazer depois, pois, se eu fizer um, vai sobrar o outro, ai terei que fazer tudo agora e tal...

sábado, janeiro 22, 2011

Milésimos de Segundos

Não adianta querer tentar mudar o que ira acontecer. Certas coisas deixam de ser compreendidas na procura de uma resposta, na busca pela compreensão do que nos aflige. Podemos ver nossa realidade de três pontos de vistas fatídicos; Passado, presente e futuro.


O passado que fique para aprendermos a evoluir, o presente para vivermos e evoluirmos, e o futuro para o próximo.

Dessa forma, assegura-se certo equilíbrio entre; aplicar o que vivemos, no momento presente, mesmo que for de um segundo para outro, logo que seu olhar toca a próxima letra.

Podemos aprender muitas coisas nos livros. Mas se apenas soubéssemos isso, não conheceríamos por completo, nossa própria realidade. Logo, possuímos todo um conhecimento, adquirido pela vida que se passa. E por ela se passam livros, outras vidas talvez.

Então, logo no presente. Criamos o verbo, a ação. O movimento e o som emitido, que surge numa fração de milésimos de segundo, para tão logo deixar de existir. O presente é único pela sua velocidade de captação, criação e destruição de tudo que ocorre ao redor.

Nossa mente processa informações em grande velocidade; a velocidade que você capta o futuro e o transforma em presente, para tão logo transformar-se em passado.

Qual a velocidade da vida?

Então pensamos em tempo, pois achamos ter algum controle sobre ele.
Uma linha constante onde somos apenas um detalhe. Parte de um corpo maior, tão importante quanto.

As coisas tornam-se importantes, quando temos um instinto humano de amar as coisas, pessoas e idéias. E tão logo pensamos no futuro novamente.

Não foi apenas um homem que construiu o mundo. Foi a união de ações e idéias, mesmo do ser humano mais solitário, buscando um objetivo, uma mudança do presente.
E quando tratamos disso no passado, analisamos o presente de cada época e cada biografia e obra, para aprendermos e aplicarmos no presente, as mudanças que queremos no futuro; Isso tudo somado as circunstâncias e experiências singulares na vida de cada indivíduo.

É importante possuirmos e buscarmos por sabedoria. Com o passar dos dias, desde os primeiros de nossa vida, até hoje, vamos condicionando nossa mente, para responder à certos aspectos que vivemos, de maneira automática. E devemos tomar cuidado para que nosso presente, não se torne um padrão previsível.

Devemos também aprender a aplicá-la no presente que vivemos e deixar que o futuro venha sem temer o resultado.
Pois a partir do momento que você crê no que planta, não teme o que irá colher.

Por isso, meu futuro eu dedico ao próximo, pois, eu acredito no meu presente. E creio nas futuras mudanças do meu presente, baseado em meu passado.

Formando uma união simples entre três aspectos da vida em cada letra jogada na tela.




quinta-feira, janeiro 20, 2011

ano tae

Entrar em harmonia com o mundo possui um preço, que não é material.

Possuir riquezas matérias, não lhe impede de entrar em harmonia com o universo, porém, não é através delas que encontramos nossa paz de espírito.

É preciso olhar com mais precisão para nós mesmos.

Você não é diferente de ninguém.
Ao mesmo tempo em que sua existência é singular no universo.

A nossa posse, restringi-se à nossas emoções. O resto é passageiro.
Não devemos basear nossas vidas nisto. Mesmo tendo total liberdade para tal.

--- lembrando que:

***“O presente e o tempo estão livres da tentativa de controle do ser humano, e quanto mais tentamos controlá-los, mais presos ficamos a uma falsa realidade.”---

A matéria é finita, nossa consciência vai além.


terça-feira, janeiro 18, 2011

O Grimório do Poeta pt. I

-Sobre o agora.

As peças mudam de lugar, a disposição das coisas, com o tempo, tendem naturalmente a encontra um equilíbrio. São as questões que perdem o sentido quando algo muda, restando para nós, apenas continuar seguindo e esperando que novos argumentos surjam em nossas vidas, através do presente.

A mudança está no presente. A constante organização do universo. Concebemos essa organização como caos, pois não somos educados para compreender o paradoxo, a entropia cósmica do planeta e da vida social dos humanos.

Dessa forma a vida é imposta a todos, sem distinção, como uma forma sistêmica e coordenada. Onde a rebeldia é uma fase e os abusos são apenas para entretenimento. Sentimo-nos seguros dentro dessa falsa ordem.

E é essa falsa segurança, que camufla o medo, que pode facilmente, e nesse caso, naturalmente, levar a degradação total da harmonia do ser humano, realçando dessa forma, sua natureza mais perversa, ocasionando; guerra, fome, miséria e colapsos no próprio sistema.

Mas as peças estão constantemente mudando de lugar. O presente e o tempo estão livres da tentativa de controle do ser humano, e quando mais tentamos controlá-los, mais presos ficamos a uma falsa realidade.

Em contra partida, quando nos vemos livres dessa falsa sensação de poder para com o tempo, o presente nos revela uma incrível percepção da natureza e do caos. E é essa percepção que nos revela o poder de mudança consciente que temos, de alterar drasticamente nosso ambiente, inclusive outros seres humanos.

E como a destruição, pode nos parecer algo tão belo.