segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Tradições

As velhas danças
As velhas notas
Daquela mesma canção

As anedotas
Mesmas palavras
Para sussurrar baixinho
Ao lado do berço
Do leito

As velhas botas
Descansando quietas
No mesmo chão de quartel

As miragens de glória
A mesma conduta
E os sorrisos de papel

As velhas lutas
Os mesmos direitos
A mesma explosão

A mesma fortuna
Valiosa permuta
De notas em vão

O mesmo espírito
De aspirar horizontes

Novo modo antigo
De beijar
A face a boca
Da solidão

O velho andar pra frente
Um antigo respirar
Em um plano de fundo ausente
Uma nova maneira de usar
A velha visão.



5 comentários:

Jota Reis disse...

Entre os melhores.

pá. disse...

Rimas!!

Gostei!

Bjs =*

Luara Quaresma disse...

Quero um livro seu.

saga dos martins disse...

Que lindo poema, vc escreve divinamente!
Beijinhos!!
http://www.sagadosmartins2.blogspot.com/

Rafael Lizzio. disse...

Todo poema tem seu dia certo, né ?
Para ser lido ou lido novamente.

Hoje, conforme a Tradição.